Na estrada, em mais uma viagem, durante a conversa com Marcus Linhares (CEO do GestorBOX) sobre como aplicar elementos lúdicos (ludificação/gamificação) na educação e suas implicações levantamos algumas premissas:
- Educação não é trivial;
- As pessoas aprendem de forma diferente;
- Oferta de experiência didática é limitada;
- É válido ter mais de uma forma de ensinar;
- Não dividir para ensinar e sim juntar para aprender;
- Deve-se estar a vontade para aprender, portando aprender pode ser uma experiência divertida;
- Experiência é essencial ao aprendizado;
- Usar a imaginação é um exercício que estimula a criatividade;
- Jogo e/ou o uso de seus elementos como ferramenta didática.
Existe uma grande quantidade de profissionais preocupados em reinventar a escola ou pelo menos torná-la um lugar mais apropriado para o contexto atual. O aparecimento e o uso intensivo de mídias sociais, novas tecnologias da informação/comunicação e os novos desafios de um mercado de trabalho onde os empregos/empreendimentos ainda serão inventados (ou estão sendo) colocam em cheque ou pelo menos nos faz (re)pensar a forma atual como é tratado o ensino. Minha opinião como profissional da educação é:
"As instituições de ensino não preparam o corpo discente para imaginar!"
Aprender exercitando a imaginação proporciona o aparecimento de pessoas mais criativas. Um lugar onde os problemas e demandas necessariamente ainda não existem e devem ser solucionados com novas associações de ideias antigas ou de algo realmente original não tem espaço para profissionais que são apenas repetidores de conhecimento.
Geralmente a relação de espaço/tempo disponível é feito/pensado para favorecer a escola e não o mais interessado, ou seja, aquele que aprende (o aluno). Os recursos são organizados para ensinar(espaço, tempo, dinheiro) e não para aprender. O aluno se adapta e vive em função da escola e não o contrário. Eventualmente pode haver uma negociação para encontrar um meio termo. Com o surgimento dos ambientes virtuais e ferramentas educacionais, a "escola" pode ficar disponível no horário e local mais apropriado do aluno.
A proposta da game capacitação seria adicionar aos instrumentos educacionais o uso de elementos de jogos (gamificação) na educação de forma sistemática. O jogo pode ser visto como um exercício da imaginação. Aprender exercitando a imaginação proporciona o surgimento de pessoas mais criativas e quem sabe tornar o aprendizado divertido. Esse é o maior desafio! Diversão é um estado de espirito individual, não necessariamente é aprendizado, mas o aprendizado pode(deve) ser divertido. Acredito que, para ter força, um manifesto deve vir de uma comunidade. Um manifesto é o conjunto de princípios e intenções de uma comunidade, então convido a todos que estudam/praticam essa área para juntos escrevermos o Manifesto da Game Capacitação.